domingo, 20 de maio de 2012

"O Dia da Marmota"





"Feitiço do Tempo" é um filme de 1993, dirigido por Harold Ramis.

O filme conta a história de Phil Connors (Bill Murray), um mal-humorado jornalista que trabalha como homem do tempo para uma rede de TV. Phil Connors é designado para cobrir o "Dia da Marmota", um tradicional festival da pequena cidade de Punxsutawney. Após a cobertura do festival, Phil só quer poder voltar pra casa mas, impedido por uma nevasca, é obrigado a passar a noite em Punxsutawney. Quando acorda, é novamente o "Dia da Marmota", o que acaba se repetindo todos os dias.

O grande trunfo de Harold Ramis é apostar em contar a mesma história, diversas vezes, de maneiras diferentes. Com a grande variação de humor sofrida por Phil Connors, a cada dia ele tem um tipo de reação diferente para cada situação, sempre influenciado por já conhecer o resultado final, já que ele já viveu a mesma coisa no dia anterior. Simples? Sim. O roteiro pode até soar meio bobo, mas funciona e o filme é engraçadíssimo.

Mas a graça do filme não é apenas isso. Muito se deve ao trabalho do astro Bill Murray. A capacidade de dar a expressão facial correta para as diferentes situações vividas por Phil Connors é fantástica. Bill Murray acerta a mão na sua interpretação. É um dos meus atores prediletos e apenas sua atuação já vale o filme. Admirável a capacidade de improvisação desse grande ator. Feitiço do Tempo conta ainda com a bela Andie MacDowell.

Um grande problema da maioria das comédias/comédias-românticas é tentar empurrar goela abaixo do expectador uma lição de moral. Click, Menina dos Olhos, Todo Poderoso, etc... São inúmeros os filmes que fazem isso. "Seja uma pessoa melhor", "amor e felicidade são mais importante que dinheiro", "grandes poderes trazem grandes responsabilidades" (familiar, não?). Todos esses filmes são recheados com essas mensagens e em seu desfecho, percebemos que isso era o objetivo principal. Em Feitiço do Tempo, existe algo nesse sentido, mas acontece de maneira tão natural que não soa da mesma forma que os exemplos citados. A mensagem está no filme, mas em nenhum momento ela é forçada. Percebemos que apesar de estar inserida ali, ela é contextualizada de tal forma, que não só não incomoda, como funciona como peça fundamental para a conclusão da história. Acertadamente não é o objetivo principal do filme passar lição de moral.




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