terça-feira, 1 de maio de 2012


O processo de duas pessoas se apaixonando.

 "Antes do Amanhecer" é um filme do diretor Richard Linklater lançado em 1995. 
Jesse (Ethan Hawke) é um jovem americano que durante uma viagem de trem pela Europa encontra casualmente a jovem francesa Celine (Julie Delpy). Com a simpatia mútua que rola entre o casal de protagonistas, Jesse, impulsivamente convida Celine para desembarcar com ele em Viena e aproveitarem a madrugada das belas ruas da capital austríaca. Na manhã seguinte, cada um seguiria seu rumo.
Se a sinopse parece muito simples e indica um filme previsível, a realidade de "Antes do Amanhecer" é outra. Longe de retratar uma boba paixão "hollywoodiana", o filme é sério em diversos aspectos, foge dos clichês, inclusive no seu final, que deixa o expectador com gosto de esperança e de dúvidas também. Não quero me aprofundar quanto ao final, para evitar spoilers, mas não esperem pelo "felizes para sempre".
Lembro da primeira vez que assisti a esse filme, foi numa madrugada em meados de 1998 no Intercine da Tv Globo. Era um hábito meu assistir Intercine, Corujão e outras sessões de cinema perdidas na madrugada. Descobri muita coisa boa assim. Despretensiosamente assisti "Antes do Amanhecer" e ao final do filme a única sensação que tinha era de como é um filme belíssimo assim vai parar numa sessão da madrugada?
Bem conhecido pelos cinéfilos no Brasil e desconhecido da grande massa, é assim que me parece ser esse filme quanto a sua popularidade por aqui. Erroneamente esteve fora dos grandes circuitos de cinema e fora do horário nobre da Tv brasileira. Estou certo de que uma boa divulgação é um dos principais pilares para a popularização de um filme.
"Antes do Amanhecer" é delicioso. É o mais sincero processo de duas pessoas se apaixonando que já vi em qualquer filme. A cena na cabine da loja de discos demonstra isso com extrema perfeição. Os personagens são demasiadamente humanos, o que acaba causando um forte tom de veracidade à história mostrada. Vale nota também o passeio turístico pela bela Viena que é um pano de fundo mais que adequado.
Impossível não se envolver com os personagens. O primeiro contato visual, as primeiras conversas, o processo de conhecimento mútuo, as divergências, a atração e o carinho nascendo e se estabelecendo, e a agonia da inevitável separação prematura. Vida que segue...


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